terça-feira, 28 de dezembro de 2010
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Deve ser isto que me falta para entrar na idade adulta. Aprender a viver com a ideia que não existem happy ends, que a vida não é nem como nos filmes nem como nos livros, continua sempre, para lá do justo, do razoável, e do absurdo e só acaba com a morte. Que os principes encantados são a maior fraude da civilização ocidental e que a frase 'viveram felizes para sempre' devia ir para o index, o index da credulidade. Seduzes para conquistar e jogas para ganhar. A partir daqui todas as palavras serão inúteis. Nunca saberei até que ponto ages com o coração ou apenas com a cabeça. Até que ponto te entregas ou apenas jogas. Até que ponto sentes e ages, ou apenas observas. Ao contrário de ti, não sou nem nunca serei espectadora da minha própria vida. Amanhã é outro dia, preciso que o sono chegue, me dê força e umas asas que me levem para um lugar qualquer, onde não me sinta nem triste nem cansada. Um lugar qualquer, cheio de verde e azul, com árvores, sombras e pássaros. Um lugar sossegado e protegido do resto do mundo.